martedì 11 novembre 2008

"A Corte do Norte" VII - por Rocco Costantino

Comentário de um aluno de Português ao filme "A Corte do Norte" de João Botelho, visto em grupo na passada sexta-feira, dia 31 de Outubro.

O filme “A corte do Norte” de João Botelho é difícil, importante e poderíamos descrevê-lo como um “filme literário”. A maneira de o fazer, às vezes estática e obscura, lembra-me os filmes góticos de Pete Greenaway.
As coisas que me pareceram mais significativas são as seguintes: -a natureza; - a actriz; - o significado da história.
Natureza é a ilha de Madeira, sempre vista como selvagem e hostil. O mar nunca é imagem de serenidade e de paz, mas de violência e até mesmo de morte.
A interpretação de sete diferentes personagens por Ana Moreira é assombrosa e constitui o grande atractivo e valor do filme.
A história do filme pode ser avaliada de diferentes maneiras:
- a história de uma paixão e de uma energia transmitida de geração em geração por várias mulheres
ou
- a história das tentativas de gerações de mulheres de uma sua fuga da condição de inferioridade social e cultural (esta é a interpretação que prefiro).
Seja qual for a interpretação da história, o que não muda é o papel dos homens, sempre perdidos por paixões e vícios ridículos, mestres ou escravos de mulheres, das quais não têm nada a dizer.

ROCCO COSTANTINO

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