mercoledì 5 novembre 2008

Denise Molica: "Ecologia: que fazer?"


Mas não só de cultura artística vive a "Via dei Portguesa": há também a cultura cívica e ecológica de que nos fala, num interessante texto, a nossa aluna de Português Denise Molica...


O assunto do meio ambiente desperta preocupação em todo o planeta há já uns trinta anos. A modernização da sociedade desde a Primeira Revolução Industrial e, particularmente, desde a Segunda Guerra Mundial, tem-nos gradualmente levado a uma economia baseada nos combustíveis fósseis, os quais são muitos poluentes. Além disso, habitamos num planeta onde os recursos são finitos e cada vez mais escassos, então o que está em jogo é a qualidade da nossa vida.
Pergunto-me porque é que o crescimento económico precisa de implicar a degradação das paisagens naturais e do nosso próprio ambiente de vida em detrimento da saúde e bem-estar humanos. É preciso que os Governos se comprometem a adoptar estratégias nacionais de políticas energéticas sustentáveis e a compatibilizar a defesa dos recursos naturais com o desenvolvimento económico bem sucedido. Muitas medidas, por exemplo para reduzir os gases e o efeito de estufa, podem ser adoptadas: melhorar o grau de eficiência das centrais eléctricas, evitar a geração de resíduos, ter automóveis pouco poluentes nas nossas estradas e aparelhos que consumam bem menos energia do que os usados nos tempos dos nossos pais. Também é importante que sejam apoiados sobretudo os Países em vias de desenvolvimento na implantação de um sistema energético que preserve o clima e os recursos. Nesse âmbito, as energias renováveis deverão constituir prioridade.
A tecnologia na questão ambiental é uma ferramenta importante, em alguns casos pode até ser determinante para o sucesso de um projecto sustentável. O problema é que, sendo poucos os países a cumprir as metas acordadas em conjunto, e havendo, por outro lado, um aumento constante das emissões de dióxido de carbono, o resultado permanece dramático. A protecção do meio ambiente é responsabilidade de todos. Nenhum governo poderá reverter sozinho o actual cenário de destruição e degradação ambiental. Todos somos responsáveis e cada um deve interferir actuando. Além da tecnologia, o que eu acho ser importante é que haja uma mudança de consciência, rever a relação pessoa/ambiente e resolver a “tensão” entre interesses individuais e colectivos. Somos feitos dos mesmos elementos que constituem este planeta: ter consciência disso já determina a disposição de fazer as mesmas coisas de um jeito diferente. No meio ambiente tudo está ligado a tudo e as acções de hoje estão ligadas aos resultados de amanhã. Para gerar resultado, devemos perceber profundamente que nós, seres humanos e meio ambiente, funcionamos como uma engrenagem, onde uma acção depende da outra para o bom funcionamento. Todos nós, cidadãos comuns, precisamos adoptar uma postura de vida sustentável: ser menos consumista, dar prioridade a produtos e serviços comprometidos com o uso racional dos recursos naturais, reduzir o volume de lixo, separar os recicláveis, não desperdiçar água, economizar energia, privilegiar o transporte colectivo, agir em favor da colectividade, votar em candidatos que sejam comprometidos com a sustentabilidade, são algumas opções que considero importantes e urgentes.
Os problemas ambientais podem ser resolvidos e não necessariamente por meio de tecnologia. Para mim, a solução depende de um novo estilo de vida, hábitos menos consumistas, menos materialismo, menos ignorância sobre as leis que regem a vida e o universo. A final, ser sustentável é ser consciente.


DENISE MOLICA

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