lunedì 17 maggio 2010

Lição da Mestre Filipa Roldão - por Vilma Gidaro


Na passada quinta-feira, 13 de Maio, aproveitando a passagem por Roma da investigadora histórica Filipa Roldão (na foto), os alunos do Curso de Língua e Cultura do Instituto Português de Santo António em Roma, puderam ouvir a Mestre falar de Portugal Medieval e esclarecer todas as dúvidas acerca da formação do nosso país.
Aqui deixamos o relatório feito pela Vilma Gidaro, a quem muito agradecemos.


Agradeço muito a lição de história da Professora Filipa Roldão, em primeiro lugar porque foi muito clara e depois porque eu gosto muito de conhecer a História. Tentarei aqui fazer um pequeno resumo.

D. Afonso Henriques, filho do conde de Portucale, iria revoltar-se contra a sua mãe D. Teresa, assumindo o governo do Condado, conquistando a Independência de Portugal e iniciando a reconquista portuguesa autonomamente.
No ano 1143 foi negociado um acordo de paz que se supõe concedesse o título de Rei a Dom Afonso Henriques. À maneira feudal Afonso I encomendou Portugal à Santa Sé e considerou-se (e também devia ser para o seus sucessores, mas não sempre foi assim) vassalo lígio do Papa.

A conquista continuou de Norte para Sul até o Algarve. Muitas foram as batalhas e foi um processo de sucessos e revezes. Os muros perdiam e reconquistavam os territórios com força e devastações.

A política externa, além da luta contra os muçulmanos e o reino de Leão, consistia numa acção diplomática de casamentos, como o da Infanta Matilde com o conde Filipe de Alsácia, na Flandres, o do Infante Fernando com a condessa Joana e o casamento do Infante herdeiro, Afonso com Urraca filha de Afonso VIII.

Em 1249 com a ocupação do território até o Algarve - a “reconquista cristã” - as fronteiras estabilizaram-se, De grande importância foi a linha de Lisboa. Foram construídas muitas fortalezas e castelos para defender as zonas conquistadas e, castelo após castelo, o poder político do Rei português fortificou-se.

Foi um período de guerra, mas também de povoamento.
O território de Portugal dividia-se em:
Senhorios: terras doadas à nobreza. Consistia numa doação hereditária, como pagamento por serviços prestados ou como recompensa por méritos adquiridos, e com privilégios e jurisdição.
Coutos: terras ocupados pelos eclesiásticos.
Concelhos: territórios urbanizados, com uma estrutura própria. Governado através duma Carta de Foral, documento real de concessão de aforamento ou foro jurídico próprio, isolado, diverso, aos habitantes medievais de uma povoação.

Economicamente o Reino dividia-se em zonas: mais rural no norte e no interior, e mais urbanizado no litoral - zona onde o comércio e a finança eram as actividades de mais relevo.

A Corte até 1385 foi itinerante e a cidade onde ela estava tornava-se a mais importante. Na cidade onde permanecia a Corte, estabeleciam-se também todas as instituições centrais, como o Tribunal e a Casa do 24 (que era a antiga Câmara onde reuniam-se os 24 representantes dos vários ofícios da cidade).Dom João I, em 1385, escolheu Lisboa como capital estável do Reino.

VILMA GIDARO

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