mercoledì 1 febbraio 2012

FERENA CAROTENUTO: "Os Fulanos, os Sicranos, os Beltranos"



A nossa aluna Ferena escreveu um texto divertido sobre o tema livre "Fulano, Sicranos e Beltrano" dado numa aula de Português... Obrigado, Ferena, e parabéns!












De: Loucopédia, a Enciclopédia livre nos manicómios
Os povos primitivos hoje
Os Fulanos, os Sicrânos, os Beltranos




Fulanos: Povoação nómada antropófaga da África central Bandeira: não têm
Brasão de armas: um grande funil preto e branco Lema: não têm
Hino nacional: não têm Capital: não têm
Língua oficial: fulano e português (of.) Área: moram num território entre os estados do Buazimbe, Biâmbia e Zomambique
População: variável Religião: animismo


Os Fulanos são uma das populações mais misteriosas do mundo. Ainda não se conhece bem a época da descoberta deste povo feita pelos Portugueses durante a abertura de rumos comerciais no interior do país. Provavelmente o período histórico põe-se entre o XV e o XVI século, na época cantada pelo grande poeta lusófono Rui Faz de Sabões, que todos celebramos e conhecemos. Pensa-se que este povo entrou em contato com alguns Portugueses que perderam o caminho na tentativa de unir os dois territórios ultramarinos de Zomambique e de Frangola, conquistando as terras que faltavam entre as duas zonas geográficas, zonas então nas mãos dos malvados Pritanhos, outro grande povo de navegadores da antiguidade. Os Fulanos ainda hoje vivem num dos locais mais secos do globo, onde a chuva cai normalmente cada 10 anos. Devido ao problema da falta de água, os Fulanos, povo muito primitivo, elegeram o FUNIL como objecto sacro, porque é graças ao funil que fora possível, desde o encontro com alguns desgraçados exploradores portugueses que levavam com certeza um funil consigo, transvasar os líquidos dum vaso para o outro sem perder uma única gota. Por isso o funil constitui o brasão de armas deste povo, embora os Fulanos não se apercebam de ter um brasão de armas. O objecto é tão importante para eles, que todos os homens da tribo levam em cima da cabeça um pequeno funil dourado, sinal de pertença ao povo fulano. Às mulheres da tribo em idade fértil o uso do funil está proibido, sob pena de morte. O esgotamento de qualquer líquido é proibido, e pelo mesmo motivo a palavra chichi é tabu e não pode ser pronunciada por razão nenhuma. Os Fulanos são idólatras e ainda hoje adoram o deus FUNALO, representado por uma horrível estátua de madeira dourada que tem a forma dum grande funil posto em cima dum enorme vaso de argila secada ao calor do sol africano. Como decoração do vaso de argila alguns exploradores, há já vários séculos, notaram a presença de crânios humanos, seguramente os restos dos primeiros exploradores portugueses que, junto à própria vida, deixaram ao povo fulano o funil e o grande dom da língua.


Sicranos: povoação de puríssima língua portuguesa Bandeira: não têm
Brasão de armas: um crânio com a boca aberta Lema: não têm
Hino nacional: não têm Capital: não têm
Língua oficial: português Área: moram numa ilha do arquipélago da Indonésia

Os Sicranos são um dos povos primitivos onde a tradição oral se transmite inalterável há já vários séculos. Infelizmente só uma ínfima minoria de pessoas sabe ler. Ninguém sabe escrever. Conhecidos em seguida aos tráfegos comerciais dos Portugueses no Oriente, após as descobertas do grande navegador Bernão de Secalhães, os Sicrános representam um caso único da conservação da língua portuguesa do século XVI. Não sabemos ainda de que maneira os Sicrános conseguiram apoderar-se do famosíssimo livro As Navegações do outro grande escritor português Antão Tendes Tinto. O que sabemos é que um único volume chegou nas mãos deles, trazido provavelmente por um frei capucho amante da literatura e que caiu prisioneiro na tentativa de evangelizar o povo dos Sicrános. Ao ver o frei ler do livro tantas palavras com sons tão bonitos, os Sicrános decidiram de abandonar a sua antiga língua e adotar a nova. O desconhecido missionário, que teve salva a vida, foi muito contente de ensinar o conteúdo do todo o livro aos jovens Sicrános, que provavelmente se chamam assim da expressão "são crânios", agora transformada num único vocábulo.
Hoje também todo o povo dos Sicrânos conhece de memória o livro e pode repetir qualquer sua parte, declamando solenemente milhares de linhas de texto. O Sicrânos mantêm a antiga ortografia e pronúncia no dialeto do missionário, que talvez provenha de uma aldeia no norte do país, muito perto da Galiza.


Beltranos: povoação primitiva da África Bandeira: leva as cores mais populares segundo a moda africana do momento
Brasão de armas: não têm Lema: “Não seremos nunca bastante bonitos”
Hino nacional: “Beleza, beleza, ainda beleza” Capital: Belanda
Língua oficial: beltrane e português (of.) Área: território não bem identificado entre Rubundi, Arunda e Dagunda


Como diz o nome, os Beltranos são um dos povos mais bonitos do mundo. A palavra parece ter origem portuguesa, uma corrupção do termo "beldade" de onde "beldanos" (na língua beltrane: aqueles que são bonitos) e depois Beltranos. Os Beltranos mudaram o seu antigo nome de "Mbumburos" depois do contacto com exploradores portugueses que, seguindo a beira do rio Mbumbura no interior do Zomambique, à época do outro grande navegador português Pasto na Cama, alcançaram um gigantesco lago interno e ali estiveram pelo resto das suas vidas porque o rio Mbumbura tornou-se seco e eles ficaram prisioneiros no lago com seus navios. Felizmente para os Portugueses os Mbumburos não eram canibais, e os exploradores, sempre à procura de tráfegos comerciais com estes povos primitivos, passaram tudo o tempo no grande Paço Real da cidade hoje nomeada Belanda. Ao que é que se deve este êxito tão sortudo? Os Portugueses levaram consigo um único espelho que conseguiram trocar por vinte bilhões de "bonsbons" (a unidade de peso local) equivalentes a cerca de 10 toneladas de ouro e diamantes. Infelizmente, os Portugueses nunca conseguiram fugir do Beltrane e morreram cercados por imensas riquezas. O espelho, em língua beltrane al-Oréal, provavelmente um mau anagrama do verbo olhar, foi posto no interior do edifício sagrado do povo beltrane. Os Beltranos, desde o encontro com o deus espelho al-Oréal, passam o dia penteando-se um com o outro e criando arranjos de cabelos altíssimos, até o meio metro. Não é fácil manter penteados assim altos e complicados e os Beltranos, como muitos povos africanos, utilizam como fixador os excrementos de vaca. Esta poderia ser a razão da falta de turistas no país de Beltrane, porque o cheiro dos excrementos percebe-se a muita longa distância. As mulheres dos Beltranos são obrigadas aos trabalhos com as vacas nos campos, e são entre as mais feias da África. Porém são ricas porque possuem as vacas, e a venda dos excrementos, tão desejados pelos homens, é muito lucrativa. Uma vez por ano, as raparigas ricas de Beltrane escolhem os seus namorados e futuros maridos durante uma cerimónia onde os rapazes aparecem no seu aspecto melhor.

FERENA CAROTENUTO

Nessun commento: