lunedì 14 aprile 2014

A palavra ao estudante: Francesco Paniccia como Italo Calvino

Pedimos aos nossos alunos de encarnar um personagem à sua escolha e fazer uma apresentação na primeira do singular... O segundo a responder foi a FRANCESCO PANICCIA:


Chamo-me Italo Calvino e nasci no dia 15 de outubro de 1923 em Santiago de Las Vegas de Habana em Cuba.

O meu pai era Mario, um botânico e agrónomo tropical e estava na América quando eu nasci mas, três anos depois do meu nascimento, voltámos com minha mãe Eva a Sanremo, onde eu vivi os primeiros vinte e cinco anos da minha vida.

Passei a infância na pequena fazenda do meu pai, onde ele plantava frutas exóticas trazidas do continente americano. Esse cenário foi parte fundamental e inspiração  para os meus futuros textos.

Lembro-me que quando era criança, gostava muito de brincar com os espaços e com ambientes. Dividia os jogos em duas categorias, aquele que se fazem num espaço delimitado, como por exemplo o futebol e aqueles que se fazem fora, fazendo talvez caminhos ou percursos.

Era assim que começava a ver as personagens dos meus contos. Aqui estava o cavaleiro inexistente, ali atrás das plantas de ananás estava o visconde cortado e em cima destas árvores o barão trepador.

Quando era adolescente o primeiro dia de escola secundária sentou-se ao meu lado Eugenio Scalfari, um jovem de Roma que depois fundou a revista L’Espresso e o jornal La Repubblica. Tornámo-nos imediatamente amigos e esta rica amizade continua ainda hoje.

Em 1941 matriculei-me na faculdade de Agronomia de Turim seguindo os passos dos meus pais, porém decidi abandonar as aulas para participar na Resistência italiana contra o exército nazista e contra o fascismo.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, regressei a Turim e abandonei definitivamente o curso de Agronomia e escolhi a faculdade de Artes. No mesmo ano publiquei o meu primeiro livro intitulado “A trilha dos ninhos de aranha” inspirado na minha participação nos movimentos da Resistência.

Trabalhei no jornal L’Unità e na casa editora Einaudi mas prefiro dizer que sou um escritor ou que escrevo algumas coisas que, às vezes, se tomam livros que são publicados e vendidos nas principais livrarias.

Italo

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